Archive for the 'datas' Category

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09/04/2009
Com 4 ou 5 anos(não lembro!). Desde aquela idade eu já esbanjando charme...

Com 4 ou 5 anos (acha que foi ontem??). Esbanjando charme desde a infância...

Sem traumas.

Mas só atualizo o perfil da barra lateral depois que passar da meia-noite de hoje.

*(me liguei agora: ter uma categoria para posts chamada “nostalgia” é muito emo)

“Entusiasmem-se. Façam festa. Riam.”

20/02/2009

Quem me conhece bem sabe que eu tenho pavor de carnaval. Quando eu era mais nova, era só ouvir os primeiros batuques de escolas de samba na TV que eu apertava no OFF. Mesmo. Desligava a TV.  Hoje não sinto mais tanto asco, mas continuo não gostando. Tolero, mas prefiro estar longe de toda a bagunça. No carnaval do ano passado eu vi trocentos filmes. Adorei a função em Beverly Hills.

Em 2009 não vai ser diferente, mas sem filmes. Até tentaram me convencer a cair na festa, mas não adianta, Carnaval não é a MINHA festa. A solução encontrada foi a melhor possível: Forte de Santa Tereza, no Uruguai. Acampar, ver um monte de coisas legais e descansar um pouco da urbanidade :)

E olha que tri. Uma das fotos que eu encontrei quando fui pesquisar sobre o Forte se parece muito com a foto que eu postei no meu antigo blog, quando fui para Buenos Aires. É só comparar.

A do Forte:

arandela-da-fortaleza-de-santa-tereza

A de Buenos Aires:

buenos-aires

E estas são novamente da Fortaleza:

fortaleza-uruguai

forte2

Adoro essas viagens. Sobre o Parque de Santa Tereza, encontrei:

“Por causa de sua  localização sobre o Atlântico, é dotado, também de magníficas praias oceânicas.

Em sua área há quatro praias que oferecem um visual interessante, com formações rochosas peculiares, dunas e muito verde.

O nome do parque vem da Fortaleza de Santa Tereza, que faz parte do patrimônio histórico e cultural do país. Construída em 1762 pelos portugueses a quem a região pertencia na época – como medida de precaução para o caso de guerra com a Espanha, a fortaleza fica na entrada do parque, à esquerda.

Dentro do forte é possível ver canhões, uma capela, a cozinha que era utilizada pelos soldados, um museu que contém uma coleção de armas e diversas maquetes de outras fortalezas uruguaias. Uma grande atração local são as suas cinco praias: La Moza, Las Achiras, Playa dei Barco, Playa Grande e Cerro Chato. A água do mar costuma ser bastante fria e, por isto, normalmente encarada apenas pelos surfistas. 0 parque conta ainda com outras construções interessantes, com destaque para o Sombráculo (jardim de verão) e o Invernáculo (jardim de inverno).

Texto tirado daqui.

A torcida então é: que não faça um sol de rachar, mas que não chova até alagar. Pedi demais?

Beijosnãomeliguem. Eu não vou olhar muito para o celular lá mesmo.

A origem das espécies

20/02/2009

Li Saturno nos Trópicos, do Moacyr Scliar, há bons anos. Acho que logo que passei no vestibular, ou um pouco antes. Isso quer dizer de deve ter sido lá por 2003 ou final de 2002. Me darei ao trabalho de transcrever vários parágrafos que muito oportunamente reli no início da semana.

o-combate-do-carnaval-com-a-quaresma

O Combate do Carnaval com a Quaresma, de Pieter Bruegel (1559)

Também a festa era um antídoto para a tristeza do cotidiano. No final do medievo e no começo da modernidade multiplicaram-se as festividades populares, ligadas ou não à Igreja. É a época em que os goliardos, estudantes que se vestiam de maneira característica, com guizos nos chapéus de várias pontas, percorriam a Inglaterra, a França e a Alemanha recitando poemas debochados (que serviriam de inspiração para os Carmina burana de Carl Orff) e apresentando sátiras contra a Igreja. Os goliardos eram apenas uma das “confrarias alegres” (confréries joyeuses) que então surgiram na França e em outros países.

(…)

Essa é também a época em que o Carnaval ganha impulso. Originava-se, como já se disse, da Saturnália dos antigos romanos, ou talvez das Bacanais, festas em geral realizadas no solstício de inverno. Trata-se da noite mais longa do ano no hemisfério norte e, portanto, a mais lúgubre; neutralizá-la com uma festa deve ter parecido, à época, uma boa idéia (mais tarde, a Igreja estabeleceu quase a mesma data para o Natal). A propósito similar obedeciam outras celebrações, como a Festa dos Loucos. Não se tratava, como o nome pode sugerir, de uma celebração da loucura. Era, isso sim, uma válvula de escape – necessária, na medida em que, no Renascimento, as maneiras iam se refinando, impedindo a expressão da agressividade.

Roma e outras cidade italianas , notadamente Veneza, Florença, Milão e Nápoles, transformaram o Carnaval numa grande celebração que ocorria nos últimos dias antes da Quaresma, período destinado à penitência e à meditação. O contraste – na verdade a oposição – entre Carnaval e Quaresma, entre prazer e abstinência, não passava despercebido aos artistas. Em O Combate do Carnaval com a Quaresma (1559), Pieter Bruegel retrata a Quaresma como uma dama seca, magra, triste, usando um vestido cinzento – o retrato da melancolia. Já o Carnaval, obeso, rubicundo, está sentado sobre um enorme tonel de bebida empunhando um espeto com carne assada. A palavra Carnaval, aliás, vem de carne, e de fato, carnes de porco, de vaca, de coelho eram consumidas em grande quantidade. Em muitas cidades alemãs, os açougueiros eram figuras importantes nos desfiles. Em Koenigsberg, em 1583, noventa açougueiros desfilaram carregando uma salsicha de mais de duzentos quilos. Mas “carne” também aludia, claro, à carnalidade, ao sexo; falos gigantescos às vezes apareciam nos desfiles. O que coincidia, como na Saturnália, com uma liberdade geral de costumes, não raro agressiva; mascarados podiam insultar pessoas e criticar autoridades.

(…)

Bakhtin (Mikhail) mostra como esse e outros festejos cumpriam um papel histórico e psicológico importante, subvertendo, ainda que transitoriamente, a cruel ordem social: ao lado do mundo oficial, comportado, surgia um segundo mundo, carnavalesco. A localização da festa no calendário era apropriada, já que, no passado, ele ocorria logo após o ano-novo, marcando assim, diz Bakhtin, o fim do ano velho, dos velhos tempos; como o bifronte deus Janus, que deu origem à palavra janeiro, a festa medieval tinha uma face oficial, religiosa, a mirar o passado, e uma face debochada, olhando o futuro.

Saturno nos Trópicos – A Melancolia Européia Chega ao Brasil
Moacyr Scliar
Editora Companhia das Letras
p. 108 a 110

“I Love Your Lovin’ Ways”

10/01/2009

nina

Bah, eu nem sei se ainda tenho credibilidade por aqui, já que não escrevo há mais de um mês. Mas vamos lá. Pretendo desenferrujar a ferramenta de publicação de posts deste blog. Primeiro) desejando um ano incrível para todos que por aqui passarem (os que por aqui não passarem não merecem um bom ano). Segundo) dizendo que NÃO, eu não derrubei xícara nenhuma de café no teclado no meu primeiro dia de trabalho. Por sinal, lá tem máquina de café e agora eu tomo mais de um capuccino por dia sem pagar nada por isso. Babem. Terceiro) o saldo de fim de ano foi positivo, bem positivo. Troquei de emprego, entendi, aprendi,  li mais, continuei vestindo a cor preta tanto quanto em 2007, mas terminei o ano com olhos verdes de presente. Entrei em 2009 com pagode. Nem eu me reconheço. Pula a parte do pagode. Ou deixa assim.

Ainda sobre o início de 2009, se vocês levarem as novas regras ortográficas na ponta do lápis, talvez encontrem algum TREMA por aqui. Não me preocupo com isso. Não se preocupem. Temos até 2012 para (re)aprender a escrever corretamente. Que reforma mais absurda!

Mudemos de assunto. O que eu quero agora é falar da cantora que mais me acompanhou em 2008: Eunice Kathleen Waymon. Popularmente falando, Nina Simone.  Ela é minha deusa desde que eu assisti à cena de Before Sunset (2004) em que a Celine (Julie Delpy) prepara uma xícara de chá para o Jesse (Ethan Hawke). Sinceramente, nem procurei a cantora pela música que tocava na cena; procurei por causa do nome mesmo. Achei “Nina Simone” um nome bonito. Com o tempo fui vendo que a dona de um bom nome artístico tinha também uma boa voz. E que a voz dela tinha uma pontinha de tristeza, um lirismo rouco que me fascinava. E assim ela foi tomando conta de algumas das minhas horas, geralmente de descanso.

Nascida na cidade de Tryon (estado norte-americano da Carolina do Norte) em 1933, Nina Simone assim se autodenominou porque se achava pequena, menina (do espanhol, Niña). Achando-se pequena, fez sua “pequena”  homenagem a Simone Signoret, a grande atriz do cinema francês. Pianista, compositora e cantora, Nina Simone adotou nome artístico aos 20 anos, para que pudesse cantar a “música do diabo”, BLUES, nos cabarés de Nova Iorque e Filadélfia escondida de seus pais, pastores metodistas. Nos anos 50, foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na conceituada escola de piano Julliard School Of Music, de Nova Iorque. Foi mais ou menos nessa mesma época que ela começou a acompanhar artistas na noite de Atlantic City, e também nesse tempo que se viu obrigada a continuar cantando para garantir o sustento da família. A obrigação, por fim, virou prazer.

Embora tenha transitado por blues, soul, gospel e folk, foi pelo jazz que ela ganhou cena entre as mais importantes cantoras do mundo, gravando mais de 60 discos. Ao abraçar publicamente todo tipo de combate ao racismo, Nina Simone também se destacou e foi perseguida. Envolveu-se de tal forma, que chegou a cantar no enterro do amigo Martin Luther King. Em suas memórias, a cantora declarava sua vontade: “Meus amigos estão todos mortos ou no exílio. Se pudesse ter escolhido, teria sido assassina, teria respondido golpe a golpe”.  No repertório dos shows, dificilmente  canções como Black is the colour e Everytime I feel the Spirit ficavam de fora.

A minha primeira favorita foi uma das mais conhecidas: My baby just cares for me. Com o tempo fui acolhendo Who Knows Where The Time Goes, I Love Your Lovin’ Ways e finalmente a versão de Here Comes The Sun. Heres Comes the Sun me causa a mesma sensação de Dear Prudence, dos Beatles. A explicação está no convite ao sol, na atenção. Não sei. Here Comes the Sun parece recado de mãe para filho. Eu me lembraria dessa música se quisesse dizer algo à minha mãe na noite em que ela me pegou no colo. Just Like a Woman também é linda.

Em agosto de 2000, no Festival de Jazz in Marciac, na França, Nina Simone subiu ao palco pela última vez. Morreu em abril de 2003, aos 70 anos. A declaração dada à imprensa foi que a cantora morreu de causa natural, e que já estava doente há um certo tempo. Eu gostaria de ter visto um show dela e de ter visto ela dançar rebolando tão elegantemente, como  a Julie Delpy descreveu em Before Sunset.

Aliás

11/01/2008

2008 já começou? Tenho uma impressão de que ainda estamos em 2007. “Um sentido a refazer”. São as velharias, eu já sabia disso. Let it be.

* * *

Nos próximos dias dou minha resposta ao desafio lançado pela Fê. Tou pensando, tou pensando.

Meu cartão chegou!

11/01/2008

Lembram que eu falei que meu amigo me mandaria um cartão-postal lá da França e tal? Pois é. Chegou na véspera do Natal. Na verdade chegou na sexta-feira (21/12), mas como eu não tenho o mínimo costume de abrir a caixinha de correio aqui de casa, quem faz esse trabalho legal é minha irmã. Ela recebeu o cartão na sexta, e eu só fui ver que aquele envelope pardo que estava em cima da escrivaninha era pra mim no domingo (23/12) . Foi um dos meus presentes de Natal.

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Lindo, não? Tudo em francês, como prometido.

Que venha sorridente

28/12/2007

Passei aqui pra desejar um ótimo 2008 a todos que acessarem essa página. Eu ficarei ausente por alguns dias. Estou pegando o caminho para a praia hoje ainda. Férias, rede, sossego! Agora só volto aqui depois que o cheiro de filtro solar sumir do corpo e a areia já não estiver mais no meio das minhas roupas! Feliz Ano-Novo antecipado e cuidem nas comemorações e na estrada!! Até a volta!

É época de panetones

26/11/2007

Sexta-feira cheguei em casa com uma guirlanda de Natal. Desde que me mudei pra Porto Alegre, é a primeira vez que compro algo pra enfeitar a casa nessa época. Não que em outros anos não tenha sentido vontade, mas sei lá, deixei o tempo passar e sempre acabou ficando tarde demais. Minha casa não é grande, então um pinheirinho não faz sentido algum por aqui. E atrapalharia. Ficaria abandonado. Mas um enfeite de porta até que é legal. Só pra lembrar que um ano está acabando de novo. Só pra lembrar que já é dezembro daqui a pouco e que algumas coisas mudaram, e que outras não vão mudar, não importa o que a gente faça. Aquela coisa básica de repensar atitudes. Bem coisa de virada.

Não tenho muitas tradições de fim de ano. Geralmente passo os Natais com minha avó, ou minha tia, ou meus pais, porque Natal é família, né. Mas cada ano é uma caixa de surpresas. Nunca sei o que fazer nessa época. Acho dezembro um mês meio estranho, carregado demais. As pessoas parecem mais ansiosas, tudo à flor da pele.

Almocei com a Clau outro dia e estávamos conversando sobre isso. Passei a virada de 2006 pra 2007 na casa dela, na praia. E um pouco depois da meia-noite tentava falar com meus pais por telefone e as linhas estavam congestionadas. Uma loucura pra conseguir dar um “feliz ano-novo” a eles. E virada de ano é uma coisa forte. Um mundo inteiro em expectativa, querendo arrebentar os segundos. A contagem regressiva é sempre um teste emocional, pelo menos pra mim.